A Black Friday deste ano ocorre em um cenário econômico marcado por uma taxa de juros Selic elevada, que atualmente está em 15%. Apesar desse cenário desafiador, o otimismo entre os consumidores e varejistas se mantém forte. A expectativa é de que as vendas durante a temporada de descontos sejam impulsionadas por promoções atrativas e um aumento no apetite dos brasileiros por compras.
Os juros altos, embora dificultem o acesso ao crédito, não parecem desestimular os consumidores. Muitos estão planejando suas compras com antecedência e buscando ofertas que realmente valham a pena. Isso pode ser um indicativo de uma confiança crescente na economia, mesmo com a pressão inflacionária que o país enfrenta.
Para investidores, essa situação apresenta um panorama ambíguo. Por um lado, a alta da Selic pode impactar negativamente setores dependentes de financiamentos, como o varejo e a construção civil. Por outro lado, o aumento nas vendas pode beneficiar empresas que se adaptaram a essa nova realidade, oferecendo promoções que atraem consumidores sem comprometer suas margens de lucro.
Além disso, o comportamento do consumidor em épocas de promoções pode servir de termômetro para o mercado. Se as vendas superarem as expectativas, isso poderá sinalizar uma recuperação econômica mais robusta, o que pode refletir positivamente nas ações de empresas do setor. Portanto, é importante que os investidores fiquem atentos aos resultados da Black Friday, pois eles podem influenciar as decisões de investimento para o próximo ano.
Diante desse cenário, os investidores devem adotar uma abordagem cautelosa, monitorando as tendências de consumo e as reações do mercado em relação a este período de compras. A combinação de juros altos e otimismo dos consumidores pode criar oportunidades, mas também riscos que precisam ser bem avaliados.
